
Hoje estou passando para compartilhar uma leitura que fiz e achei muito bacana, válida para refletirmos sobre nossas exigências, expectativas e também sobre aceitação. Parece tão difícil isso né, aceitar-se e aceitar o outro tal como é, sim, é um desafio, mas muito necessário para mantermos relações saudáveis.
Segue o texto, espero que façam boa leitura!
Maíra era uma mulher bonita, inteligente e bem sucedida. Apesar de tantas qualidades, já era uma balzaquiana sem relacionamento duradouro em sua história de vida. Depois dos 30 anos, ela passou a sonhar em ter sua família e viver um grande amor. Mas o tempo passava e ela só acumulava insucessos. Quando fazia uma retrospectiva, concluía que seus pares não valorizavam seu jeito e tampouco supriam suas expectativas.
Renato era bonzinho, mas frágil demais para vender na vida. Paulo era interessante, porém não lhe dava muita atenção. Luiz era inteligente, todavia desleixado com o visual. Renan era incrível, só que adorava olhar para outras mulheres. João era bonito e bem sucedido, entretanto não fazia questão de agradar a família dela. Cada vez que ela olhava para seu passado, se arrependia por não ter terminado com eles antes. Sim, porque, além das falhas de seus ex-namorados, eram sempre eles que tomavam a decisão de se separarem dela. Maíra olhava suas amigas casadas ou em algum relacionamento com consistência e desejava ter um amor assim. Mas quando analisava com mais profundidade os maridos de suas amigas, sentia-se satisfeita por não ter ao seu lado um homem como eles. Nenhum deles se encaixaria no perfil que ela buscava.
Como muitas pessoas de sua idade, sofria do mal de uma geração mimada, com pais que exaltaram demais suas os acertos e qualidade dos filhos. Esses quando adultos, possuem excesso de autoestima que vem acompanhada com exigências desmedidas em relação ao outro. Esse nunca é bom o suficiente. Além disso, os erros dos outros pesam demais quando não aceitamos os nossos próprios, ou quando não enxergamos nossas próprias falhas. Não há como aceitar alguém que erra, quando não aceitamos que erramos também, e nos achamos perfeitos, exigindo que o outro também seja.
Bem, com tudo isso, Maíra nunca conseguia se adaptar a ninguém. No início dos seus relacionamentos, a paixão falava mais alto e tudo transcorria como num conto de fadas. Com o passar do tempo, as diferenças faziam com que o príncipe virasse sapo e ela se tornava a "chata reclamona" que queria transformar o homem ao seu lado em um modelo de realização de seus desejos. E eles acabavam fugindo dela....
Talvez tenha faltado Maíra entender que ninguém esta no mundo para fazer o outro feliz e sim, para compartilhar a vida com a verdade das qualidades e defeitos de cada um, com a verdade do que e como somos...Ela concluiu que é preciso tolerância e paciência para viver um grande amor.
E você, o que conclui após conhecer a história de Maíra?
Fonte: Revista Studio W - Edição 36