terça-feira, 19 de novembro de 2013

TDAH....E agora?!



Pais e Professores se queixam com frequência de crianças desatentas e hiperativas. Entre outros, esses sintomas apontam para TDAH, Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, sendo a característica essencial deste transtorno um padrão persistente de desatenção, e/ou hiperatividade e impulsividade.

Bem, de uma forma geral, todos nós temos nossos momentos de desatenção, ou hiperatividade, há dias que estamos mais hiperativos/inquietos e outros em que estamos mais desligados, como se estivéssemos no mundo da lua. E isso não é suficiente para um diagnóstico de TDAH ok.
Quando penso nesta questão dos sintomas, lembro de uma passagem de um livro que dizia o seguinte: "Todo mundo tem açúcar no sangue, uns mais, outros menos. Algumas pessoas tem níveis de açúcar alto e isso acarreta inúmeros problemas de saúde, por exemplo diabetes...assim também é com TDAH"  (trecho do livro No mundo da Lua - Paulo Mattos).

Não se trata de "ter" ou "não ter" sintomas de desatenção e hiperatividade, o que determina a existência deste problema é o quanto você tem sofrido e se prejudicado por conta desses sintomas. De forma geral, temos que avaliar o quanto esses sintomas tem comprometido a qualidade de vida da pessoa e não apenas observar os sintomas e diagnosticar o transtorno. Assim como, não basta saber dos sintomas, mas também compreender o que você pode fazer com eles ou o que eles fazem com você...
Então vamos pensar o seguinte, o que caracteriza um transtorno é fundamentalmente o tempo e frequência que vem sendo vivenciado os sintomas, bem como os prejuízos emocionais e sociais ocasionados pelos mesmos.

O TDAH é diagnosticado primeiramente na infância, visto que neste período a criança esta frequentando escola e ficam mais notáveis os comportamentos de desatenção, inquietude, desorganização, entre outros.
Vale lembrar que, crianças são naturalmente inquietas, pois estão a todo tempo descobrindo coisas novas, um mundo novo onde tudo é tão interessante, mas claro, existem alguns limites que devem ser respeitados.
Uma coisa é ser criança, querer brincar o todo tempo, fazer coisas novas e diferentes, descobrir novas amizades e brincadeiras....Outra coisa são as dificuldades em manter-se organizado, atento, tranquilo e também as dificuldades com aprendizagem, devido a falta de atenção ou desorganização.

Temos que estar atentos, tanto os pais quanto professores e demais educadores, para não sermos intolerantes e acabar acreditando que nossas crianças devem ser e comportar-se do jeitinho que desejamos ou julgamos ser o melhor jeito...Nós temos certa tendência a criar modelos ideais de comportamentos e esperamos que eles aconteçam, principalmente com as crianças. Temos expectativas de que os outros se comportem desta ou daquela maneira, esperamos que os outros atendam a nossos desejos e ideais, isso é perigoso. Principalmente na infância a criança é muito original e autêntica, elas estão dia após dia criando o seu jeito de ser, e nós adultos devemos respeitar isso, nem tudo deve ser mudado a nosso goto, algumas coisas devem ser aceitas e ponto :)

Enfim, vimos que os sintomas podem ser prejudiciais sim, principalmente durante a vida escolar e mais adiante no trabalho, devido a falta de atenção e inquietude. Nestes casos, deve-se sim procurar profissionais para poder trabalhar o problema em questão e buscar melhorar a qualidade de vida da criança e consequentemente dos pais e professores. Psicólogo e Psicopedagogo são profissionais mais indicados para esse caso.

Esta ai mais um beneficio da terapia!

Abraços e até breve :)





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