Somos mais do que diferentes uns dos outros, somos diferentes em nós mesmos. É como se fossemos vários "eus" dentro de uma pessoa só. Veja bem, somos uma pessoa quando estamos com amigos, outra quando estamos no trabalho, outra quando estudamos e assim nos comportamos de forma diferente e única nas mais diversas relações sociais.
O que acontece é que, desempenhamos vários papéis e em cada um deles nos comportamos de forma diferente, porque em cada um deles construímos uma relação com o campo e com as pessoas de forma singular. Além disso, passamos a vida experimentando as fases e em cada uma delas somos diferentes, afinal, não somos com 50 anos iguais fomos aos 15 anos, as experiências e vivências vão nos lapidando, vão nos transformando. Esse é o processo da vida, a cada experiência algo fica em nós, alguma lembrança ou aprendizado. Não permanecemos os mesmos, estamos sempre num processo de mudança, de adaptação.
Mesmo com o passar do tempo, nunca deixamos de conhecer um novo eu dentro de nós. Quem sai de um longo relacionamento, por exemplo, um casamento de 30 anos, descobre um novo eu na sua experiência de estar sozinha/o ou na experiência de se envolver com um novo alguém. Quando saímos da universidade, após longos 3, 4 ou 6 anos, deixamos de ser acadêmicos, não desempenhamos mais este papel, no entanto desempenhamos um novo papel, no mercado de trabalho talvez...não paramos de nos surpreender com os "eus" que nos constituem e, o fato de sermos diferentes uns dos outros não traduz que ninguém é melhor que ninguém, devemos reconhecer as diferenças, e mais do que isso, para lidar com as diferenças entre "eu e o outro" é preciso enfrentar nossas próprias diferenças e acolhe-las de forma a dar um lugar pra elas, não conseguiremos compreender, respeitar e aceitar o outro e suas diferenças, se primeiramente não fizermos isso com nós mesmos.
Nesse sentido, também é preciso acolher a criança que ainda vive em nós, assim como acolher o adolescente que também vive em nós, muitas vezes é preciso ouvir o que "eles" tem a nos dizer, afinal, eles fazem parte da nossa história, do nosso ser.
Esta é uma forma de refletir e buscar compreender as diferenças, existem outros meios de olharmos para estas, que não utilize de julgamento, mas sim de reconhecimento e acolhimento!
Boa Reflexão!

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