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segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Ansiedade
Alguns vão se identificar com as imagens, outros não....Afinal, quem nunca...?
...Correu contra o tempo, esteve com muitas coisas para fazer e as pendências passaram a pertubar as noites de sono e a concentração, ou sentiu falta de ar, taquicardia, tremedeira, tensão muscular, boca seca, insegurança, irritabilidade, preocupação excessiva...nossa, são muitos os sintomas, e eles podem sim comprometer nossa qualidade de vida.
De forma geral, a ansiedade é um sentimento projetado no futuro, as pessoas mais ansiosas vivem num estado de alerta constante por conta de uma situação que pode vir a acontecer. Por exemplo, um homem que quer puxar assunto com uma mulher bonita , mas tem medo de ser rejeitado, as sensações que ele pode viver nesse curto momento em que não sabe se deve ir ou ficar, é ansiedade. Ou então aquela garota que quer sair a noite com as amigas mas tem medo de ser assaltada, sequestrada...Enfim, não sabemos se de fato algo ruim poderá acontecer, mas antecipamos esse medo e fantasiamos as possibilidades, e isso gera ansiedade.
Quando falo em ansiedade, tem uma coisa importante e que é muito comum nos mais diversos casos, é a preocupação e o medo do futuro (do que pode acontecer...). As pessoas mais ansiosas estão sempre preocupadas, com o que pode acontecer, se vão dar conta do recado, se vão conseguir realizar todas as tarefas do dia ou cumprir todos os compromissos da agenda. Existe uma preocupação constante, é como se a pessoa estivesse sempre diante de um desafio, e devesse se preparar para tal...é cansativo física e emocionalmente.
Bem, não é novidade que vivemos em tempos ansiosos, o futuro parece ter mais importância que o presente. Fizemos tantos planos, esperamos pelo natal, pelas férias, pelo aniversário, pela viagem, pelo amor...As vezes o hoje passa despercebido.
Estamos sempre tão atarefados e com tantos compromissos. É fácil para que as coisas boas da vida se tornem uma obrigação ao invés de um lazer, levar o cachorro para passear, encontro com os amigos, mercado, cinema...Haja agenda e "post its" para anotar isso tudo!
As informações não param de chegar, a mídia é um prato cheio para causar ansiedade, afinal, ha tanta coisa acontecendo ao redor do mundo que fica difícil acompanhar todas as noticias, achar tempo para pensar e formar opinião sobre todos os assuntos é tarefa impossível, inclusive frustrante para muitos que tentam.
Alguns estudos apontam que pais ansiosos influenciam e muito aos seus filhos. Por exemplo, as mães mais ansiosas e hiperativas, ao invés de acalmar e encorajar os filhos os deixam mais assutados diante de pequenos incidentes, como um resfriado, um arranhão...Futuramente essa criança poderá ser mais insegura e pouco confiante, o que facilitará o surgimento de sintomas relacionados a ansiedade.
O fato é que a ansiedade pode se tornar um problema ainda maior, pois pode desencadear alguns transtornos, como: transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de pânico, fobias, transtorno obsessivo-compulsivo...Nestes casos, muitos profissionais indicam tratamento medicamentoso, mas com toda certeza deve ser acompanhado de terapia.
Mas, vale lembrar que nem sempre a ansiedade é prejudicial, em dose ponderada ela nos faz bem. Veja só, em uma pesquisa realizada na Universidade de Stanford os dados revelaram que pessoas ansiosas perdem menos dinheiro, pois fazem as escolhas de investimento com mais cautela, ou medo, pois estão preocupadas com o futuro, lembra?!
Assim como o medo, a ansiedade tem sua função protetora, e é natural e necessária para nossa "sobrevivência". Ela nos prepara diante de desafios.
Como Gestalt Terapeuta em formação, minha intenção não é diagnosticar a ansiedade ou listar aqui os sintomas para que vocês leitores possam se auto diagnosticar. Mesmo porque, em uma visão mais ampla, ansiedade é uma forma de ser, uma forma de contato com o mundo e com as pessoas. Sim, é uma forma que pode gerar desconforto e sofrimento, por isso pode ser trabalhada em terapia. Nós podemos nos permitir conviver com a ansiedade, podemos permitir que nosso corpo a experimente sem medo, podemos nos observar diante dos momentos mais ansiosos e perceber como nos sentimos e quais as reações de nosso corpo, assim estaremos nos conhecendo e aprendendo novas formas de se relacionar com o mundo, talvez menos ansiosas!
Por hoje é isso, espero que possam fazer suas reflexões!
Até breve :)
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